sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Feira de livros e enchidos








Entrei esta manhã, por breves instantes, numa dessas grandes superfícies comerciais onde a venda de livros foi agora desconfinada (ou passou a ser permitida, criando uma situação de concorrência desleal com as livrarias a sério, que têm de continuar fechadas). Em lugar de destaque, reparei no top de vendas do estabelecimento, pelo qual se fica com uma ideia aproximada do tipo de literatura (chamemos-lhe assim por mera comodidade) que ali se comercializa. Não referirei nenhum dos dez títulos que constavam da lista, pois já sabeis que não tenho o hábito de fazer publicidade gratuita a produtos que me não agradam. Mas sempre me atrevo a perguntar: foi para vender enlatados daqueles que andou tanta gente séria a protestar? Mal comparando, o papel higiénico que em alguns hipermercados substituiu temporariamente os livros apresentava, creio, algumas vantagens: o material é mais suave e, portanto, mais adequado à função.