terça-feira, 12 de agosto de 2025

Quando se tem (quase) tudo

 Jantámos no terraço, para conversar e ver passar as luzes dos aviões entre o coriscar das estrelas. De um lado, a torre iluminada do castelo; do outro, o fulgor da Lua ascendendo sobre a vila de casas caiadas. Perto da meia-noite, uma perseida azul celeste riscou o céu. Não formulei nenhum desejo.

Claro que também falámos de Gaza, da Ucrânia, da cegueira anti-migração, do clamor dos fogos florestais e de outras tragédias. Mas toda a desgraça parece longínqua nestas ameníssimas noites de Agosto.