Nas últimas 24 horas, as estatísticas do Teatro Anatómico registaram um afluxo inusitado de visitantes do Azerbaijão, 208 no total, aos quais se somaram ainda 46 leitores atentos da vizinha Turquia. Suponho, pois, que hei-de ter escrito aqui alguma coisa que soe nos idiomas daquela parte afastada do mundo de um modo mais doce e cativante, ou mais porco, do que no Português comum em que costumo expressar-me. Permito-me hoje, por isso, saudar muito especialmente as comunidades do Kurdistão e de Nagorno-Karabakh, cujo direito à liberdade e à auto-determinação tem sido manipulado e vilipendiado pelos interesses estratégicos da Turquia e da Rússia, ao sabor da ambição dos autocráticos líderes das duas potências regionais. Tudo coisas, portanto, que não interessam ao mais pintado.