sábado, 30 de junho de 2012
"Nenhuma desvalorização adicional dos salários", disse Pedro Passos Coelho
Há coisa de um mês, talvez se recordem, o primeiro-ministro sombra do PSD, um tal de António Borges, defendeu a “urgência” de diminuir os salários em Portugal. A afirmação deu algum brado, obrigando o primeiro-ministro oficial do PSD, Passos Coelho, a garantir que o governo não pretendia "nenhuma desvalorização adicional dos salários" e que não tenciona adoptar "novas medidas nessa matéria". Os dados ontem revelados pelo INE, porém, revelam que os dois funcionários da alta finança estavam, no fundo, a dizer a mesma coisa. A redução dos ordenados era tão urgente que já está em curso: só no primeiro trimestre deste ano, as remunerações em Portugal baixaram 3,9% (765 milhões de euros que ficam no bolso de alguém que nem teve de incomodar-se a trabalhar). E as medidas tomadas por este Governo durante o último ano são suficientes para que os ordenados continuem a minguar inexoravelmente. Um desempregado, coisa que agora há por aí aos pontapés, aceita trabalhar por qualquer esmolinha que lhe queiram dar.