quinta-feira, 5 de abril de 2012

Subsídios da função pública: mais uma polémica estéril


Não querendo parecer chato, também me parece um pouco exagerado o escândalo em torno dos subsídios de férias e de Natal que vão ser repostos em 2014, 2015 ou um dia e aos bochechos, conforme a troika mandar. Se a polémica é estéril, a prática do governo é, no mínimo, profundamente pascal. Num dia o barbas morre, está morto, e dali a nada ressuscita e pronto, não se fala mais nisso. O que era verdade na sexta-feira, é mentira no domingo - e poucas pessoas percebem mais disto do que Pedro Passos Coelho. Por outro lado, os lesados dos subsídios são também estimulados a adoptarem uma postura profundamente cristã: resta-lhes pensar que serão recompensados no futuro pelos sacrifícios que agora farão - isto se deus, a troika ou o coelho da Páscoa quiserem, bem entendido.