quinta-feira, 3 de abril de 2014

Última estação: Istqr














De entre todos os sonhos bizarros que me têm perturbado o descanso, o mais peculiar foi talvez o da noite passada. Estava num comboio a caminho de um sítio qualquer. Talvez o futuro. No início o veículo parecia normal. Depois, à medida que o comboio avançava, o trajecto e o sonho tornaram-se mais e mais estranhos. Primeiro foram os carris que acabaram. O comboio, ainda assim, continuou a circular sobre o caminho de gravilha. Depois o percurso passou a incluir cruzamentos e outros acidentes particularmente estranhos, como viadutos que não estavam no seu lugar. Apesar de tudo, o comboio insistia e continuava a circular. Apenas se deteve quando chegou a uma estação parecida com os velhos apeadeiros da CP. Na parede havia até uma placa de azulejos indicando o (impronunciável e ignoto) nome da localidade a que tinha chegado. Chamava-se, afinal, Istqr (e não futuro). Vendo bem, trata-se de um bom resumo de tudo. Acordei a tempo de não assistir ao momento em que a fatal agente dúplice me daria um tiro no peito.