quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Jaime Ramos

Gramo à brava o inspector Jaime Ramos e parece-me que gosto ainda mais dele como está agora, debilitado pela doença, mais velho, mais melancólico, permitindo o acosso suave das nostalgias, arrastando-se um pouco, quase dócil, deixando-se cuidar. Hei-de, um dia destes, fazer como ele e ir apanhar chuva para a Ponte da Arrábida no meio da tempestade, vendo as luzes das cidades, lá em baixo, desenhando os contornos do rio. Tenho andado a namorar o sítio.