Após oito semanas de interregno devido a lesão, regressei ontem à prática do atletismo urbano. O pé esquerdo respondeu com competência, superando as minhas melhores expectativas. Corri, enfim, devolvido ao ar da manhã, respirando fundo e atravessando as ruas desertas da cidade. A dado passo, ouvi um cão ladrar e rosnar insistentemente por detrás de um muro, procurando atemorizar alguém que passava diante da sinagoga da Rua de Guerra Junqueiro. É uma curiosa ironia que o templo dos judeus do Porto seja guardado por um pastor alemão.