Com o ar grave e sério de quem acabou de engolir um garfo (e nunca teve nada a ver com negócios de submarinos), Paulo Portas, o estadista (não confundir com os outros), declarou hoje que Portugal está "absolutamente empenhado em honrar os seus compromissos e a sua palavra". Mas não estava, claro, a referir-se ao compromisso de pagar subsídios de natal ou de férias a quem trabalha (e paga contribuições), de pagar indemnizações e subsídio de desemprego a quem é despedido, ou, sequer, à palavra dada na Constituição, segundo a qual a Saúde, por exemplo, é um direito tendencialmente gratuito e assim.