segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Viajar sem depender de controladores aéreos
Gosto de, enquanto leio, seguir as pistas de leitura que os próprios livros sugerem, criando uma espécie de viagem literária e um mapa imaginário com estradas que ligam uns livros aos outros. Daí que, estando a ler Estrela Distante, de Roberto Bolaño, e tendo constatado, logo no texto de apresentação, que este romance é o desenvolvimento do último capítulo de A Literatura Nazi nas Américas, me sinta compelido a comprar e ler este livro antes mesmo de avançar para o Putas Asesinas, que já está lá em casa em fila de espera. As vantagens deste método são óbvias: os voos não estão condicionados pelas cinzas de nenhum vulcão, não são cancelados pelas greves dos pilotos ou dos controladores aéreos, e as estradas não ficam fechadas sempre que ocorre um nevão nas montanhas.