domingo, 6 de dezembro de 2009

Chuva

Eis mais um domingo: a chuva outra vez, o vento roubando as últimas folhas às árvores, as poças no chão, a casa fria e vazia, uma cigarrilha após outra, um, dois, três cafés, a Lisa Ekdahl a cantar. Que mais? Chuva outra vez. Chuva a rodos. Um largo e inóspito mar à porta de casa (com dois ou três dedos de altura). Chuva, chuva, chuva. E o vento, às vezes. Os vidros abanam no caixilho das janelas de um dos quartos e deixo-me ficar na cama, à espera não sei de quê. O Inverno não morre. Eis mais um domingo que passou como se não valesse a pena ter existido.