sexta-feira, 30 de julho de 2010

Não me perguntem para onde vou




Um dia, quando eu fosse grande, as férias haviam de ser só uma paisagem pela qual eu entrasse sem regresso: um mundo só para mim, sem regras nem horários, sem turistas acotovelando-se, hotéis, toalhas estendidas na areia. Iria sem destino e um livro que leria sentado no capô, com as pernas à chinês, ouvindo os rumores dos animais do deserto e sentindo o sol muito forte na pele. Não haveria uma brisa, uma voz humana, nenhum sinal da civilização. Só eu e a minha pobre cabeça. A minha casa.