Pouco se justifica entrar num supermercado para comprar meia-dúzia de cebolas e ter de passar demasiados minutos na fila para pagar numa das caixas. Podendo, vou antes ao Bolhão — não por estar renovado e limpo, mas por manter velhas senhoras que me perguntam se quero "alguma coisinha" quando paro diante dos balcões onde se exibem pencas e nabos, grelos e batata nova. Esta manhã, escolhidas e pesadas as cebolas, a vendedeira disse-me que custavam um euro. Certinho?, perguntei para indicar que percebera o arredondamento abusivo. Quase, disse ela. E agarrou num raminho de salsa que juntou às cebolas para me dar o troco.