quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Marcelo, o hipócrita-mor

Nada, com Marcelo II, acontece por acaso. Não é inocente que tenha vetado a lei da morte assistida num momento em que o Parlamento dissolvido já não pode obrigá-lo a engolir e a promulgar a lei. E muito menos é inocente que tenha começado por dizer que chumbou a lei por "incongruências", logo a seguir tenha afirmado que se limitou a interpretar aquilo que entende ser o sentimento comum e, por fim, prometa validar uma lei que esteja "bem feita". Marcelo, no fundo, espera apenas que a maioria do parlamento mude na próxima eleição e, assim, não volte a incomodá-lo com leis que pretendem garantir que os cidadãos podem dispor livremente das próprias vidas.