Por uma coincidência que procurarei não qualificar, escrevi anteontem um post cujo título evocava um filme protagonizado pelo actor Sean Connery. Ontem, o actor escocês morreu. Ao jantar lembrámo-nos, por isso, de Finding Forrester, de Gus Van Sant, o filme em que Connery interpreta o papel de um vencedor do Pulitzer retirado e misantropo, pessimista. É um belo filme, marcado pela ironia amarga de William Forrester, mas também pela amizade que cria com Jamal, o jovem negro basquetebolista que é como um corpo estranho num colégio nova-iorquino para meninos ricos. Gosto especialmente de uma das tiradas do velho escritor: "Os escritores escrevem coisas para que os leitores tenham alguma coisa que ler". Por muitas voltas que se lhe dê, talvez se resuma tudo a isto, quer se procure entender os motivos que levam alguém a escrever um romance enorme ou um post tão estúpido como este. Conforme Forrester também diria, as mulheres dormirão connosco mesmo que escrevamos um blogue sem interesse nenhum.