O autor imagina que aos quarenta e oito anos um homem deve chegar àquele encontro consigo mesmo no presente, porque não há futuro. Vendo aproximar-se o fundo do funil, percebe que a vida não é ilimitada e então é preciso se dar ao máximo a cada coisa, dentro dos limites de cada um. Criar no limite mesmo o ilimitado.
— Só canto as músicas que gosto — declara João.
Do conto "O concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro", de Sérgio Sant'Anna