sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Breakdance, modalidade olímpica

Visto que é cada vez mais difícil distinguir as notícias falsas das verdadeiras, reagi com moderação ao anúncio, algures, de que o breakdance passará a ser modalidade olímpica no ano de 2024, a par do surf, do skate e da escalada. Hoje, todavia, voltei a encontrar a notícia em jornais em papel, supostamente sérios. E fiquei (um pouco mais) parvo.

Nada me move contra o breakdance (cheguei, aos 14/15 anos, a ser capaz de executar algumas habilidades) nem contra a introdução de novos desportos no programa olímpico. Mas, francamente, não percebo os critérios. E por que não o ballet clássico? Ou as danças latinas?

Minto, porém. Percebo muito bem o critério do Comité Olímpico, que se esforça apenas para parecer moderninho e práfrentex (como se dizia no calão do meu tempo). Acolhe o breakdance, mas exclui o hóquei em patins, a pelota basca ou a petanca. E também o squash, por exemplo.

Suponho, pois, que, no mundo autista e semi-virtual em que se movem as pessoas moderninhas, a promoção do breakdance há-de ser uma excelente notícia. Com um pouco de sorte, é possível que Conan Osíris ganhe o Festival da Canção e o seu bailarino consiga, no mesmo concurso, os mínimos olímpicos para estar presente nos Jogos de Paris.