quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Biblioteca básica Rubem Fonseca



Desde que li, já não sei onde, que o Rubem Fonseca vem à Póvoa de Varzim, estou tomado por uma enorme ansiedade. Olho muitas vezes para a estante, creio que à espera de que as lombadas me sussurrem uma chalaça, um dito espirituoso e/ou inteligente, uma frase, enfim, que pudesse ser o início de uma bela amizade. Não me ocorre nada. Creio que, como é costume, me limitarei a olhar para ele com uma fixação de psicopata (manso). Com algum atrevimento, poderei ser capaz de o abordar e de proferir uma boçalidade qualquer, como quando disse ao Luis Fernando Veríssimo alguma coisa sobre O Incidente em Antares, do Erico Veríssimo. Ele olhou para mim, condescendente, e comentou aquele "Do paizinho, né?", antes de mudar de assunto, perguntando-se em silêncio, que eu bem vi, "quem raio é este cromo?".