segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O "excedente orçamental" ainda nos vai sair muito caro

Tal como, há não muito tempo, José Sócrates tinha feito com o fundo de pensões da Portugal Telecom, Passos Coelho executou o seu primeiro brilharete orçamental graças à transferência para o Estado dos fundos de pensões da banca. Mais interessante, ainda assim, do que discutir se o Governo tinha mesmo necessidade de nos romper os bolsos das calças quando cá veio meter a manápula, talvez fosse importante perceber que tipo de garantias o Estado/Governo deu aos senhores banqueiros, os quais, tanto quanto se sabe, não cultivam o hábito de entregar as suas ricas pataquinhas a terceiros por dá cá aquela palha. O que lhes deu, pois, o Governo em troca? Ainda não se sabe. Mas ou muito me engano ou o excedente de dois mil milhões de euros nas contas públicas deste ano não serão propriamente uma boa notícia para os direitos de quem trabalha.