sexta-feira, 25 de novembro de 2011
E ficávamos todos muito bronzeados e sem necessidade de voltar a ouvir o Gaspar das contas
Algumas pessoas, bestialmente optimistas, asseguram que o frio é psicológico. O caneco! A capacidade para suportá-lo até pode depender de uma psique musculada, mas, com mil demónios, eu passo estes meses encolhido, com a minha estatura real diminuída em, pelos menos, uns trinta centímetros (no Verão sou alto e louro, tenho para cima de dois metros e os olhos azuis — mas nunca consigo que alguém acredite nisto). Na qualidade, pois, de pessoa que sofre bestialmente com as agruras do Outono/Inverno (e ainda que o sobretudo não me assente completamente mal), recebi como muito refrescante a imagem que hoje ao fim da tarde era exibida no ecrã gigante da nova sede da EDP: o Sol rodopiando em torno do seu eixo, explodindo numa miríade de erupções muito luminosas e cálidas. Creio que podia ter ficado ali durante muito tempo, olhando fixamente a imagem do Sol. Achei aquilo mesmo muito relaxante. E, palavra de honra, ocorreu-me que, se aquilo fosse o Sol de verdade, àquela distância, amanhã tínhamos a porra do problema da dívida pública resolvido.