terça-feira, 1 de novembro de 2011

Candy shop


Como qualquer insensato que se preze, dirigi-me ontem a uma livraria com o intuito de adquirir novo material de leitura, papel novo para juntar às pilhas de papel velho que vou amontoando por aí. As livrarias, porém, produzem em mim um efeito semelhante ao que as lojas de gomas induzem nas crianças (& outros gulosos). Entro, vejo e quero todos — mesmo se é perfeitamente óbvio que jamais terei anos que cheguem para ler metade daquilo que gostaria. Havia O Retorno da Dulce Maria Cardoso, o Saramago resgatado ao esquecimento, a viagem de camioneta do Josep Pla, coisas novas e velhas do(s) Roth, os Frantzen que ainda não li, o Pinchon, o novo do Mário de Carvalho, um livrinho vermelho do Vila-Matas e eu sei lá mais o quê, se me deixasse estar ali mais cinco minutos não sei com quantos quilos a mais não sairia da livraria. Triunfaram os clássicos. Trouxe o À Espera no Centeio, do Salinger, na nova edição da Quetzal, e o Ferdydurke do Gombrowicz. Até ao Natal estamos conversados.