Parece que um cão devidamente adestrado consegue detectar o cancro da próstata com 91 por cento de eficácia. Trata-se, creio, de uma significativa conquista para a medicina. O urologista que, em tempos, praticou em mim o famoso toque rectal não me pareceu muito convicto do diagnóstico e, por via das dúvidas, até me mandou-me fazer análises e mais não sei o quê (baldei-me). Pior do que isso, desbaratou completamente esse cândido momento de intimidade. Não me telefonou no dia seguinte, não mandou mensagens e, dias depois, quando nos cruzámos na rua, fez de conta que não me viu.