O mundo está cheio de elogios às coisas da natureza, muitos dos quais recorrendo a adjectivos francamente exagerados (fecunda, verdejante, bucólica, luxuriante, idílica....). Mas há um silêncio de chumbo a propósito do gingko, do qual apenas habitualmente se diz que é considerado um "fóssil vivo", por existir "há mais de 200 milhões de anos", sendo uma árvore contemporânea dos dinossauros. Mas ninguém fala dos frutinhos amarelos que amadurecem nesta altura do ano e, caindo dos ramos, ficam a apodrecer nos passeios da Rua de Santa Teresa (é só um exemplo), empestando o ar com o seu miasma podre de coisa morta.