Certas coincidências são maravilhosamente inexplicáveis.
Quando escrevi Uma Mentira Mil Vezes Repetida, imaginei que Oscar Schidinski se havia abrigado por três noites em Castelo de Vide, "numa casa de criptojudeus da Rua do Mestre Jorge" (ou Jorje, conforme indicam as placas toponímicas nos dois extremos do casario). Apenas conhecia a rua de passagem e estava longe de imaginar que viria a ser ali uma das minhas moradas.