segunda-feira, 8 de julho de 2019

Uma pequena morte

Recordo o sonho de modo vago e confuso: numa sala que não sei localizar, o chão estava pontilhado de aves mortas. Os pássaros, muito coloridos e predominantemente vermelhos, e disto lembro-me com clareza, lançavam-se em vôos rápidos de encontro a uma vidraça, um de cada vez, o que fazia cogitar que se suicidavam de modo deliberado e não por um qualquer acidente ou equívoco. De manhã, quando acordámos, havia um pequeno pardal cinzento tombado no chão do terraço, evidentemente morto como um sonho que não voltará a alçar vôo.