Força, companheiros. Aquele abraço

A partir de hoje, mais um punhado de jornalistas (140, segundo as notícias) receberá um documento comunicando que está a ser objecto de um processo de despedimento colectivo. Alguns serão meus conhecidos, meus amigos. Estarei solidário com eles, como eles estiveram comigo quando estive no lugar onde eles estão agora, angustiados, receosos e, se calhar, também um pouco aliviados por deixarem de fazer parte de uma coisa que outrora conheceram e que se chamava jornalismo, mas que já não existe. Outros virão para "produzir conteúdos" e ganhar "vencimentos" compatíveis com a nova "economia reestruturada". Somos todos culpados. No mínimo, por lhes termos repetido os chavões sem cuidar do que escondiam.