quinta-feira, 5 de junho de 2014

Escrutinemos

De acordo com as leis democráticas e a lógica da representatividade, os governos são, em Portugal, eleitos pelos deputados da Assembleia da República, bastando para tal uma maioria simples (metade dos deputados mais um).  Já os juízes do Tribunal Constitucional são eleitos pelos mesmos deputados, mas por uma maioria de dois terços. Bem sei que não se pode nem deve esperar grande coisa das decisões tomadas pela maior parte dos indivíduos que os portugueses elegem regularmente para ocupar cadeiras no parlamento, mas é caso, ao menos, para perguntar quem, entre uns e outros, não é devidamente escrutinado. Ou para pensarmos se não vai sendo tempo de escolhermos melhor os sujeitos que se elegem com o nosso voto e que, depois, elegem pessoas muito pouco recomendáveis para cargos como o de primeiro-ministro.