quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Cada um falha como pode


Há coisa de um ano, e por mero acaso, passei uma noite numa pensão de Estremoz que parecia saída de uma máquina do tempo. A decoração da sala de refeições era dominada pelos tons pastel dos filmes norte-americanos dos anos 1950 e os quartos mantinham adereços da época da fundação, incluindo peças de mobiliário remendadas e naperons de florzinhas coloridas. Ocorreu-me quase imediatamente fotografar tudo o que pudesse, para registar, enfim, os restos iconográficos de uma época do turismo e da hotelaria em Portugal. Autorizado pelo proprietário, comecei imediatamente a disparar — entusiasmado. Como estava no último dia de um curto período de férias e não tinha levado comigo o carregador da bateria da máquina, o meu (chamemos-lhe assim) projecto fotográfico fracassou em menos de dez minutos.