quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Moby Dick, primeiras impressões


Bastante amena, afinal, tem sido a leitura de Moby Dick. Nada de grandes tempestades, nada de sustos e aflições marítimos. Ao fim de 124 páginas, ainda nem os marujos, sequer, se fizeram ao mar, transitando apenas entre portos de passagem, pensões rascas e caldeiradas de bacalhau. Do intrépido capitão Ahab apenas se escutam ainda boatos e lendas, bem menos concretos, em todo o caso, do que aqueles amanheceres em que Queequeq, o bárbaro, tem o corpo de Ismael enlaçado no seu braço, ou do que as noites em que os dois baleeiros roçam a testa um no outro, em sinal de fraterna camaradagem. Já vinha a calhar que o Pequod largasse âncora e que começassem a dar caça à grande baleia branca.