Aprendem-se coisas extraordinárias lendo os jornais. Por exemplo: que, no século XVII, as madrilenas cultivavam uma palidez muito peculiar como toque distintivo, a qual se obtinha, entre outras coisas, comendo argila. Consumia-se o petisco em tabletes ou mordiscando os rebordos da louça de barro. Segundo parece e vinha escrito no último
Babélia do
El País, as moças preferiam, para esse efeito, os púcaros portugueses de Estremoz. Depois a moda mudou e toda a gente quer, agora, ser bronzeada, dourada, castanhinha - e assim se perdeu um excelente produto de exportação, sem que a cerâmica das Caldas tenha, por seu lado, conseguido tirar proveito das novas tendências.