sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cinema com perfume de estrugido



Apesar de serem aparentemente muito diferentes, os dois últimos filmes que vi (Estômago e Eu sou o amor) assemelham-se extraordinariamente na medida em que tratam ambos de poder, amor/sexo e comida. A arte da cozinha, o apelo dos sabores e a gastronomia servem, nos dois casos, de pretexto e móbil à alteração do destino das personagens e, portanto, a comida é o cerne do próprio enredo. Vendo bem, é o género de cinema que mais convém a um indivíduo que vai ao cinema ainda com o perfume da cebola e do alho nas mãos, exalando a inconfundível e irresistível fragrância do estrugido.