quinta-feira, 12 de julho de 2018

Muro das lamentações

A frase "não há muros suficientemente altos para parar estas correntes migratórias", proferida há dias por Barack Obama (e que, por estas ou outras palavras, tem sido repetida por dirigentes e personalidades do mundo civilizado), corresponde, no essencial, a uma falácia. Basta ver como o muro da Cisjordânia consegue manter os palestinianos afastados dos territórios ilegalmente ocupados por Israel, o mesmo país que os dirigentes e personalidades tanto gostam de proteger. A questão não devia, pois, ser a eficiência dos muros, mas a sua simples existência, independentemente da localização ou dos pretextos usados.