sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O ano novo

Por irónica casualidade, a melhor metáfora dos tempos que correm chega-nos da China, de onde também vieram as luzes de natal, os presentes, as árvores, os enfeites e provavelmente algum do fogo-de-artifício do reveillon. Em Xangai, no coração do império supostamente comunista, pelo menos 36 pessoas morreram esmagadas quando a multidão que festejava o ano novo ocidental se precipitou para tentar apanhar uns papelitos que se pareciam com notas de um dólar (oitenta e dois cêntimos pela cotação de hoje). O papa católico apostólico romano bem pode clamar contra o deus-dinheiro - há-de perceber, mais cedo ou mais tarde, que ninguém realmente o escuta.