sábado, 9 de fevereiro de 2013

Pingue-pongue e outra memória desportiva


No suplemento Babélia do El País, Manuel Rodríguez Rivero explica hoje de que modo algumas bibliotecas britânicas, ameaçadas de encerramento, estão a procurar cativar mais leitores. Há ideias para quase todos os gostos e algumas até com certo potencial erótico. Aquela que mais me tocou é, todavia, a que diz respeito à organização de campeonatos de booky table tennis, uma modalidade de ténis de mesa na qual os livros fazem de raquetes (conforme a lustração de Max, acima). Li-o e lembrei-me que era mais ou menos assim que, no ciclo preparatório, jogávamos pingue-pongue na mesa da sala polivalente da Escola Preparatória Maria Lamas: quando não havia raquetes, o que sucedia quase sempre, usávamos os cadernos para bater na bola e enviá-la para o campo do adversário, contingência que em nada diminuía a qualidade e o entusiasmo do nosso jogo.

Ocorreu-me isto, já agora, também porque esta semana estive a tomar café com um colega daquele tempo, o Moisés, o qual, a dada passo, se recordou de uma outra modalidade desportiva que, pelo menos num caso, se praticava de forma um pouco arrevesada: dardos. Mais concretamente, parece que, numa ocasião, o Paulo Dragão, que era meio amalucado, resolveu lançar um dardo usando a minha cabeça como alvo. Eu não me lembro de nada (devo tê-lo recalcado), mas o Moisés recorda-o muitíssimo bem, pelo que, se calhar, devo a minha actual integridade física sobretudo à má pontaria do tal Paulo Dragão.