segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os extraterrestres, o arsénio e os comunistas



Com mil demónios! Parece que a descoberta de uma bactéria que se alimenta de arsénio e que prometia revolucionar a busca de vida extraterrestre pode, afinal, resultar da deficiente lavagem das amostras usadas pelos autores do achado. A falta de limpeza é uma coisa que me incomoda bastante, sobretudo quando ocorre na casa dos outros. Por outro lado, este revés contraria sobremaneira uma teoria em que eu andava a matutar, segundo a qual os extraterrestres, existindo, se tinham apoderado, decerto com pérfidas intenções, dos invólucros onde viviam o sujeito José Sócrates (o que explica que a réplica com a qual convivemos actualmente pareça esquecida de tudo o que o homem antes disse) e o indivíduo que dava pelo nome de Cavaco Silva, grande impulsionador da especulação na bolsa e do uso de fundos comunitários para a aquisição de veículos automóveis, promotor ainda do célebre caso das escutas telefónicas, mas agora bestialmente preocupado com as injustiças sociais e, de um modo geral, um sujeito muito ponderado e responsável, referência de estabilidade e assim. Posto isto, e se os extraterrestres não forem realmente os culpados, a marosca deve, com certeza, ser coisa dos comunistas, os quais, calhando, também bebem arsénio ao pequeno-almoço.