terça-feira, 23 de novembro de 2010

O multibanco em Vigo

Já em Vigo, preparando-me para a terceira sessão em 24 horas com os leitores galegos, que são extraordinários e me recebem dispostos a conversar comigo sem que eu seja capaz de proferir uma "conferência" como deve ser (incrível o público de Lugo, ontem, com vinte dos presentes munidos do livro que supostamente está esgotado e que o Samuel Rêgo não conseguiu comprar nem encomendando-o com dois meses de antecedência). Em Vigo, dizia, subo a rua, entro na Casa del Libro, desta vez com tempo. Folheio os galegos, namoro Cortázar e Tomeo em edições de bolso, descubro as "Putas asesinas" do Bolaño também em edição de bolso, junto uma pequena (mas escandalosa) pilha de livros e, quando vou pagar, o terminal do multibanco recusa o pagamento. Entristeço e lamento sobretudo que não tivesse isto sucedido quando os dois cabrõezinhos armados de faca me assaltaram no Campo Alegre. Mas o multibanco, suponho, nunca falha quando deve. Ou, então, há uma conspiração para me obrigar a voltar à Galiza. Não me importo nada. Estou como em casa.