quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A amante de Cubillas



Gosto das coisas assim, dos livros que fazem pontes para outros livros, que abrem mundos e geram cumplicidades: como A Máquina de fazer espanhóis, do valter hugo mãe. Gostei, por exemplo, de ver os detectives do Francisco José Viegas, o Jaime Ramos e o Isaltino de Jesus, entrando no lar feliz idade para investigar o incêndio do andar de cima. E gostei ainda mais que tivessem encontrado o poster do Teofilo Cubillas emoldurado no quarto da dona leopoldina, a qual, pelos vistos, viveu uma inesquecível noite de amor com o futebolista do Peru, em tempos idos. Um tipo enternece-se. Mas como pode alguém não se enternecer e sorrir muito quando lê os velhotes o lar ameaçando, por pura paródia, comer a pombinha das velhas?