terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Da arte




No Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, uma mulher que assistia a uma aula de educação artística desequilibrou-se, caiu e, na queda, produziu um rasgão de quinze centímetros numa tela de Pablo Picasso, a qual, curiosamente, representa um acrobata. Isto ocorreu na sexta-feira. No sábado, em Londres, o Victoria and Albert Museum inaugurou uma exposição com uma centena de obras falsificadas, cerca de metade das quais produzidas por Shaun Greenhalgh, um homem sem nenhuma formação artística e que, durante 17 anos, produziu extraordinárias réplicas de obras de vários períodos históricos, tendo chegado a vender ao Museu de Bolton uma cabeça de uma princesa Amarna cuja autenticidade foi garantida pelo British Museum e pela leiloeira Christie’s. Se uma obra de arte não valesse essencialmente pela assinatura e o prestígio do autor, mas pela sua dimensão estética intrínseca, o lamentável incidente de Nova Iorque podia nem chegar a ser notícia. Shaun Greenhalgh, o falsário, podia, em vez de estar preso, estar produzindo uma réplica exacta do quadro de Picasso, tornando o mundo mais seguro e amigável para as mulheres gordas que frequentam cursos de arte e têm alguma dificuldade para se manterem de pé.